28/08/2020 às 10:20 Igrejas para Casamento

Igrejas Matrizes do Vale do Paraíba

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Igrejas Matrizes do Vale do Paraíba

O Vale do Paraíba tem sua importância histórica datada da época do Brasil colônia. Essa região era rota obrigatória dos Bandeirantes, que desembarcavam no litoral paulista e cortavam toda essa região até chegar a Minas Gerais. Com o passar do tempo, começaram a ser fundadas as primeiras cidades, conhecidas inicialmente como capitanias. A cada nova fundação, eram construídas as primeiras igrejas, conhecidas hoje como igrejas matrizes, as quais sofreram várias reformas ao longo dos anos, muitas tiveram inclusive que ser reconstruídas. No entanto, as reformas pelas quais passaram não tiraram dessas igrejas o seu valor histórico e cultural. As igrejas matrizes do Brasil, em geral, tiveram como referência arquitetônica as igrejas da Europa. Os responsáveis pela sua construção não costumavam poupar esforços para fazer delas construções imponentes e ricas em detalhes. Nos dias de hoje, as igrejas matrizes do Vale do Paraíba representam não somente um símbolo religioso católico, são também referência para história da região. Essas igrejas costumam ser as mais escolhidas para celebração de cerimônias das mais importantes, como as de casamento. Os registros fotográficos das igrejas matrizes do Vale do Paraíba têm sido feitos com objetivos específicos, nas áreas de história, arquitetura e ligadas à religião católica de alguma forma. Contudo, é difícil encontrar numa mesma obra fotografias dessas igrejas, e que mostrem a riqueza de seus detalhes.

Desenvolveu-se, então, este livro arte, no qual eu, como fotógrafo profissional, registrei as oito igrejas matrizes da microrregião de São José dos Campos através do meu olhar particular, levando em consideração características que considero essenciais para representar a grandiosidade de cada obra registrada. Para tal, utilizei referências de arte, fotografia, história e cultura. Cada igreja teve seu registro fotográfico realizado em três categorias: fachada, interior com visões de entrada e saída, e detalhes, como imagens, pinturas e símbolos. As imagens reunidas nessa obra representam um registro histórico para a região do Vale do Paraíba, passando a ser mais uma referência para diversas áreas de interesse, seja ele técnico, acadêmico ou cultural.

IGREJA MATRIZ DE JACAREÍ

Paróquia Imaculada Conceição

Por muitos anos o nome primitivo era Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, erguida com mão de obra escrava entre os anos de 1700 e 1730, pertencendo a Diocese de São Paulo conservou essa denominação do Dogma da Imaculada Conceição pelo Papa Pio IX em 1854. No atual templo, em estilo barroco luso-brasileiro, com paredes de taipa e frontispício de pedra, havia cinco altares de madeira, com relevo folhado a ouro, dos quais permanecem quatro. As paredes e teto artisticamente pintados,os vitrais com motivos Eucarísticos e no altar belíssimas pinturas de anjos contemplando toda a estrutura da matriz. O altar-mór foi substituído pelo atual, de mármore doado, como se lê em duas placas colocadas nas laterais do altar: “Oferta de Dona Maria Custódia Porto Leitão” e “Sagrado D. Mamede Leite” aos 07/12/1924. quebrando-se, assim, o conjunto arquitetônico do templo. Consta que o altar da Santíssima Trindade foi erigido pela colônia portuguesa de Jacareí, em homenagem ao rei D. Pedro V, logo após sua morte. Esse fato é confirmado pelas iniciais desse rei, colocadas discretamente no cimo do altar. Sobre o arco que separa o presbitério da nave central, encontra-se, bem visível, o Brasão do Império, com a coroa imperial e os ramos de café e de fumo, duas riquezas daquela época e por trás dele as bandeiras do Vaticano e do Brasil. Esse brasão confirma que a atual igreja matriz foi construída no ano de 1860 em pleno período colonial. Atualmente a Igreja é considerada um marco turístico da cidade, pelo seu valor religioso e pelo estilo de sua belíssima construção. A Imaculada Conceição é também a Padroeira de Jacareí, sob sua proteção caminham esta comunidade paroquial e todo o município.

IGREJA MATRIZ DE

 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Igreja de São José

A Igreja Matriz foi a primeira capela de São José dos Campos, construída na época que ainda existiam índios na cidade, por volta de 1643. Em 1831, houve uma forte chuva e esta capelinha desmoronou, restando apenas o altar. Foi reconstruída em taipa de pilão (paredes feitas de barro amassado e calcado). Como a taipa também não era um material muito resistente foi construída em 1934 uma nova igreja, feita de alvenaria, que é a Igreja Matriz atual. A região onde ela está localizada é o marco zero de São José.comunidade paroquial e todo o município.

IGREJA MATRIZ DE CAÇAPAVA

Paroquia Nossa Senhora D'Ajuda

Conhecida antigamente pelo nome de Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, a igreja começou a ser construída em 1813, pelos esforços dos primeiros povoadores. A origem da Paróquia de Nossa Senhora D’Ajuda, Diocese de Taubaté, remonta ao ano de 1705 e está associada à capela erigida em Caçapava Velha, primeiro povoado a partir do qual nasceu a cidade de Caçapava, no Estado de São Paulo. Em 1813, a Capela é elevada à condição de Freguesia de Nossa Senhora D’Ajuda de Caçapava, desmembrando-se da Freguesia de Taubaté. Freguesia era como se chamava, então, o que hoje chamamos de paróquia. A nova freguesia seguia ligada à Diocese de São Paulo. Em 1850 ocorre a transferência da sede da Paróquia, deixando a igreja de Caçapava Velha para se instalar na nova Igreja Matriz de São João Batista, erguida em novo povoado, o qual foi emancipado em 1855, dando origem à atual Cidade de Caçapava. Por esse motivo, a Paróquia continuou a invocar como patrona Nossa Senhora D’Ajuda; porém, São João Batista passou a ser o titular da Igreja Matriz de Caçapava, assim como o padroeiro da nova cidade de Caçapava. Com a criação da Diocese de Taubaté, em 1908, pelo Papa Pio X, a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda passou a fazer parte da nova diocese, até os dias de hoje.

IGREJA MATRIZ DE TAUBATÉ

Catedral São Francisco de Chagas

A primeira igreja dedicada a São Francisco das Chagas de Taubaté começou a ser construída por volta de 1640 por determinação do Capitão Jacques Félix. A construção de uma igreja era um dos requisitos mínimos da época para um povoado ser elevado a categoria de Vila, além da construção de uma cadeia e da Câmara Municipal. A Igreja Matriz de Taubaté considerada Catedral é, portanto, o templo mais antigo do Vale do Paraíba.  A Igreja foi descaracterizada devido às sucessivas reformas para atender a funcionalidade do templo, que ocorreram desde o século XVIII, nas quais a primitiva Capela dos Passos teve sua nave central deslocada cerca de 90 graus para a direita, na direção da atual Rua Duque de Caxias, antiga rua do meio e permanece assim até os dias de hoje.uma das reformas mais significativas é a de 1800, quando a já antiga Matriz foi ampliada. Em 1909, a então Igreja Matriz de São Francisco das Chagas foi elevada à categoria de Igreja Catedral, igreja onde fica a Catedral da Santa Sé, do Papa, representada na figura do Bispo Diocesano, da então recém criada Diocese de Taubaté, cujo primeiro bispo foi Dom Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva, que dá nome à praça, anteriormente conhecida como Largo da Matriz


28 Ago 2020

Igrejas Matrizes do Vale do Paraíba

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